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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Miscigenação Brasileira: cultura indígena

Historiadores afirmam que no Brasil tinham aproximadamente 5 milhões de nativos e estavam divididos de acordo com as tribos e as línguas. O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500, foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram extremamente diferentes e pertenciam a "mundos" distintos.


O indígena vivia da agricultura, caça e pesca. Todos suas armas e equipamentos eram retirados da natureza, mas vale lembrar que o índio respeitava muito o meio ambiente e retira somente o necessário para sua sobrevivência. Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmos direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.As duas figuras mais importantes de uma tribo são: o pajé que é o sacerdote da tribo porque conhece os rituais, cerimônias, e é ele quem recebe as mensagens dos espíritos, e o cacique, que é o líder da tribo. 


A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprendem desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprenda. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13/14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta. As crenças religiosas e superstições tinham um importante papel dentro da cultura indígena. Fetichistas, os indígenas temiam ao mesmo tempo um bom Deus – Tupã – e um espírito maligno, tenebroso e vingativo – Anhangá, ao sul e Jurupari, ao norte. Algumas tribos pareciam evoluir para a astrolatria, embora não possuíssem templos, e adoravam o Sol (Guaraci – mãe dos viventes) e a Lua (Jaci – nossa mãe).


O culto dos mortos era rudimentar. Algumas tribos incineravam seus mortos, outras os devoravam, e a maioria, como não havia cemitérios, encerrava seus cadáveres na posição de fetos, em grandes potes de barro encontrados suspensos tanto nos tetos de cabanas abandonadas como no interior de sambaquis. Os mortos eram pranteados obedecendo-se a uma hierarquia. O comum dos mortais era chorado apenas por sua família; o guerreiro, conforme sua fama, poderia ser chorado pela taba ou pela tribo. No caso de um guerreiro notável, seria pranteado por todo o grupo. 


- Eduardo

Um comentário:

  1. Felipe Barreto Falcão19 de novembro de 2013 às 10:53

    Parabéns pelo trabalho, muito bonito. Achei muito interessante a parte de onde os mortos eram enterrados "como não havia cemitérios, encerrava seus cadáveres na posição de fetos, em grandes potes de barro encontrados suspensos tanto nos tetos de cabanas abandonadas como no interior de sambaquis. " , exelente pesquisa.
    -Felipe Barreto

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